terça-feira, 20 de abril de 2010




















Uma flor desafiou o vento… algumas pétalas caíram… mas seu suave perfume se condensou à brisa leve que restou e nunca mais se separaram…”
Cristian Stassun

























Suave perfume de lavanda
Nas toalhas do banheiro
Carinho de mãe.

Nana Pereira
























Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver.

Provérbios 27:9

























Não julgue pela aparência. Nem sempre as flores mais belas envolvem o melhor perfume.

Provérbio chinês

























"As mandragóras exalam o seu perfume, e à nossa porta há todo tipo de frutos finos, secos e frescos, que reservei para você, meu amado"
(Cântico dos Cânticos 7: 13)






"As pequenas coisas parecem não ser nada, mas são elas que trazem a paz;
Assim são as flores dos campos que acreditamos não terem perfume
Mas que juntas perfumam."
(Mohandas Gandhi)

















"Suas faces são como um jardim de especiarias que exalam perfume, seus lábios são como lírios que destilam mirra"
(Cântico dos Cânticos 5:13)


















Sê... mínima e breve
A música do perfume
Não guarda ciúme

Vinicius de Moraes

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chovem duas chuvas:























Chovem duas chuvas:
de água e de jasmins
por estes jardins
de flores e nuvens.

Sobem dois perfumes
por estes jardins:
de terra e jasmins,
de flores e chuvas.

E os jasmins são chuvas
e as chuvas, jasmins,
por estes jardins
de perfume e de nuvens.

Cecília Meireles

Cantiga




















Nós somos como o perfume
da flor que não tinha vindo:
esperança do silêncio,
quando o mundo está dormindo.

Pareceu que houve o perfume...
E a flor, sem vir, se acabou.
Oh! abelha imaginativa!
o que o desejo inventou...

Cecília Meireles

Desventura
























Tu és como o rosto das rosas:
diferente em cada pétala.

Onde estava o teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.

Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.

Depois, abri as mãos, – e perdeu-se.
Agora, creio que vou morrer.

Cecília Meireles

Poema Perfume Proibido





















No banho

Ela acaricia o seu corpo

Com uma luva de seda

O prazer duma vida de mistério...


Mas....

O meu beijo

Não se cruza com os seus lábios


Nem o amor consegue

Chegar ao seu íntimo

Givenchy

Perfume da Rosa























Quem bebe, rosa, o perfume
Que de teu seio respira?
Um anjo, um silfo? ou que nume
Com esse aroma delira?

Qual é o deus que, namorado,
De seu trono te ajoelha,
E esse néctar encantado
Bebe oculto, humilde abelha?

- Ninguém? - Mentiste: essa frente
Em languidez inclinada,
Quem ta pôs assim pendente?
Dize, rosa namorada.

E a cor de púrpura viva
Como assim te desmaiou?
e essa palidez lasciva
Nas folhas quem ta pintou?

Os espinhos que tão duros
Tinhas na rama lustrosa,
Com que magos esconjuros
Tos desarmam, ó rosa?

E porquê, na hástea sentida
Tremes tanto ao pôr do sol?
Porque escutas tão rendida
O canto do rouxinol?

Que eu não ouvi um suspiro
Sussurrar-te na folhagem?
Nas águas desse retiro
Não espreitei a tua imagem?

Não a vi aflita, ansiada...
- Era de prazer ou dor? -
Mentiste, rosa, és amada,
E também tu amas, flor.

Mas ai! se não for um nume
O que em teu seio delira,
Há-de matá-lo o perfume
Que nesse aroma respira.

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

Lembranças do teu perfume




















O poema acordou-me do letargo
A vida sem sentidos mediana
Respirava o arcabouço sem recheio
O corpo no teu perfume naufragado
E por pouco não sou contigo apanhado

Abro os olhos e me reconheço abandonado
Inebriado estou, adormecido era
Embriagado fora carregado a alvorotado
Sono em que te enlaçava e morríamos
Novamente tu e eu de amor

Ressuscitado pelo poema
Sou novamente a saudade de ti
Virás com a nova noite, em devaneio
A nostalgia a me consumir inteiro
Melancolia em marasmo alarmante

Mortificado anticlímax do reencontro,
Consumou-se o escopo de tê-la amado

Adroaldo Bauer

Perfume ( PoemaVI )























Perfume de mulher

Dócil como a rosa

Que não cheguei a chorar

Minha alma penosa



Deixo para trás

Recordação nossa

De uma tal rosa

Perfume de mulher



Cheiro da vida

Mulher possuída

Pelo aroma do amar

Que passa despercebida


Cheiro a rosa

Que passa por nós

Pela vida

Pela recordação esquecida

Oliveira Pena

Perfume de você





















Um fascínio misterioso
Sensações nem sei de quê,
É poesia, é doçura,
Nenhum sabor de amargura,
É o perfume de você...

Um enigma a desvendar,
Sua chegada antevê...
Antecipa as delícias
De suas fatais carícias
O perfume de você...

Um mistério que arrebata,
Quando a gente se revê...
Mesmo após remir a chama,
Permanece em nossa cama,
O perfume de você...

Delicado e colorido
Como as flores num buquê,
Companheiro de verdade,
Em presença ou na saudade,
É o perfume de você...

Eternamente, a exalar
O amor que a gente crê...
Inebriante como agora,
Sentirei na vida afora,
O perfume de você!

Oriza Martins