segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Perfume
Esqueço o que sou, arrasto o coração
Divagando uma saudade inacabada
Levo a fragrância perfumada
Do teu cheiroso perdão.
O vento perfuma-se de maresia,
Que passa, e quando passa,
Leva-te às riquezas e à cortesia
E a dádiva escassa.
Perfume de uma figura disforme!
Arrasta-me para um novo mundo,
De falsidades e esmolas perpétuas!
E vejamos, pois, um aroma oriundo,
Desse teu arrojado uniforme
E das fragrâncias tuas...
Álvaro Machado
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